🔗 Precisamos de fôlego!

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Sheila Sampaio
13 de maio de 2024

Não é só uma corrida de 100 metros. Nem apenas uma maratona. Estamos em um Ironman.

Os desastres causados pelas enchentes no RS irão nos demandar Elos fortes para enfrentarmos suas consequências em 3 fases:

Fase 1: Socorrer (corrida de 100 metros)

Precisamos rapidamente garantir a integridade física da população afetada; levar essas pessoas para lugares seguros; dar roupas secas, alimento, segurança.

Fase 2: Acolher (maratona)

Já nos abrigos, essas pessoas precisam mais do que sobreviver: precisam ter dignidade e perspectivas de futuro. E esse cuidado não será necessário por uma semana ou duas. Muitos ficarão em abrigos por meses. O foco é no bem-estar, na escuta de suas necessidades, no levantamento do que perderam e no que será necessário para que retomem suas vidas em um futuro breve.

Fase 3: Reerguer (Ironman)

Esta fase é a mais longa e a que necessita de mais envolvimento e investimento da sociedade e do poder público. Todas essas pessoas terão de voltar para algum lugar: para seu lar (talvez não o mesmo lar que deixaram para trás, mas para um lar); para seus parentes e amigos; para sua rotina e... para seu trabalho. Precisamos manter o estado do RS em pé para que todas essas pessoas tenham para onde voltar.

Quem puder continuar trabalhando, trabalhe.

Quem puder continuar produzindo, produza.

Se você tem uma grande empresa, auxilie os colaboradores afetados pelas enchentes, e mantenha os demais empregados.

Se você tem um pequeno negócio de bairro, abra: preste seu serviço, venda suas mercadorias.

Reerguer o RS também significa reerguer sua economia.

Se você não é do RS ou não foi afetado:

  • Mantenha teus pedidos na carteira de indústrias do RS;

  • Contrate serviços de empresas gaúchas;

  • Busque por profissionais liberais das regiões afetadas;

  • Compre produtos do RS (busque no rótulo dos produtos o endereço de fabricação).

O que nosso estado menos precisa neste momento é de mais empresas fechadas e mais pessoas desempregadas.

E do que precisamos, então? De fôlego!

Estas questões não se resolvem na fase do socorrer (corrida de 100 metros), nem na fase do acolher (maratona). Estamos enfrentando um Ironman, e a boa notícia é que, neste caso, se trata de uma prova em equipe.