🔗 Autoconfiança: habilidade dos generosos

Eu sei que pode parecer contraditório dizer que desenvolver autoconfiança é um ato de generosidade, ainda mais quando muitos de nós fomos estimulados e ensinados a sermos “humildes e pobrinhos”. Como assim? Ora, alguém elogia a nossa roupa e logo surgem duas possibilidades de resposta padrão: a) comprei na loja tal, foi baratinha; ou b) às ordens. Vai me dizer que isso não é o mais comum?

Recebemos um elogio e quase nos desculpamos por isso ou, ainda pior, ofendemos a pessoa que faz o elogio acusando-a de interesseira (“às ordens” significa que você pensa que a pessoa elogiou querendo te pedir a roupa emprestada, né?).

Pois bem, esses e outros comportamentos exemplificam a cultura do “humilde e pobrinho” na qual nos desenvolvemos e demonstram as barreiras que precisamos enfrentar para desenvolver nossa autoconfiança.

Mas voltando ao tópico inicial: por que desenvolver autoconfiança é um ato de generosidade? Porque, sem autoconfiança, o ser humano sente medo e, com medo, não se relaciona com as outras pessoas na sua melhor versão.

Se você convive com uma pessoa agressiva saiba que, provavelmente, está na presença de alguém com baixa autoconfiança. Pessoas autoconfiantes não sentem a necessidade de agredir ninguém. Já, para quem tem autoconfiança baixa, o ataque é a melhor defesa – até um coelhinho, sentindo-se ameaçado, vai tentar morder.

E a autoconfiança não poderia nos levar à soberba ou arrogância? Poderia, em excesso. Mas estamos falando aqui do ser humano funcional, que reconhece seus talentos e pontos fortes e com humildade sabe muito bem em quais habilidades, situações e comportamentos ele ou ela não arrasa.

O convite é para que você aí se aproprie das tuas competências, habilidades e talentos e reconheça que é bom ou boa nisso.

Ter autoconfiança permite que possamos nos relacionar com as outras pessoas em uma versão segura de nós mesmos, sem agressividade, reatividade e resistência- e isso é um grande ato de generosidade.

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