🔗 Em tempos de crise, confiança é uma necessidade básica.

Na crise, incerteza. Dificuldade de encontrar saídas alternativas, opções, perspectivas.

Seja um político tendo que resolver problemas e fazer a gestão dos recursos públicos – para quem votou nele, ou não.

Seja um pai de família que vê perdidos os bens acumulados por toda a vida.

Seja o gestor de uma pequena empresa do bairro que, já tendo recursos escassos, precisa pensar como e se continuará trabalhando e produzindo.

Seja o líder de uma equipe que, forçado pelo contexto, necessita gerar engajamento e motivação e entregar os resultados, agora, no trabalho remoto.

Seja o CEO de uma grande indústria que deve prestar contas de suas decisões para o conselho e os investidores, e que sob sua gestão se encontra a geração de renda de muitas famílias.

Todos eles (todos nós), em momentos difíceis, precisam de informação. E a palavra de ordem é: confiança.

“Busque informações de fontes seguras”, eles dizem. Seguras para quem? A fonte segura está em quem confiamos.

Eu mesma já usei frases como: “É meu amigo pessoal, vai tranquilo”, “Trabalho com esse fornecedor há anos”, “Sou irmã do fulano” ou “Foi recomendado por uma amiga na qual confio cegamente e, se ela disse, pode confiar”.

Em tempos de crise, confiança é uma necessidade básica. E os elos de confiança são construídos muito antes de precisarmos deles.

Usando apenas o exemplo das enchentes do RS:

- Recebi transferências de grupos organizados na Austrália, nos EUA e na França para comprar insumos para os desabrigados.

- Gerenciei o recebimento em centros de distribuição de 3 caminhões de donativos vindos de São Paulo para Canoas/RS.

- Recebi, na minha conta pessoal, Pix de gente que nunca tinha me visto na vida.

- Em apenas uma mensagem de WhatsApp consegui banho e cama para amigos da amiga de um amigo, em outra cidade.

Por quê? Confiança.

Eu emprestei a reputação e a confiança das pessoas que me referenciaram. E muitas pessoas emprestam a minha reputação e confiança quando eu as referencio.

Você cumpre o que promete? 

- O discurso da empresa de “As pessoas são o que temos de mais valioso” está se refletindo nas ações dos gestores?

- No trabalho remoto, você está trabalhando, mesmo?

- O povo pode contar com a ajuda que você, governador, disse que mandaria?

- Como CEO, você mantém as pessoas informadas, baixando seu nível de ansiedade?

- Como líder, sua equipe sabe que você é “por eles”?

Confiança é a base de elos fortes. E esses elos são como pontes que construímos muito antes de precisarmos usá-las para atravessar águas revoltas. E pontes necessitam de manutenção (isso nunca ficou tão claro).

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