🔗 Gestão de conflitos: por onde eu começo?

3 perguntas para te auxiliar a fazer a gestão de conflitos

Comece sem saber nada. Explico: quando tomamos conhecimento de um conflito, ele provavelmente já existe há muito tempo, e ao descobri-lo temos apenas uma pequena parte das informações necessárias para agir de forma efetiva. Então comece por não saber nada e se permita descobrir.

A situação é a seguinte: você descobre que dois colegas/colaboradores do teu time de trabalho estão em conflito. Essa descoberta acontece porque um terceiro te contou ou porque uma das partes envolvidas veio falar com você. Qualquer que seja o caso, desta forma você só vai ficar sabendo de uma parte do que está acontecendo, ou seja, não tome para si a versão limitada que ouviu dos outros.

Um bom primeiro passo para lidar com a situação é buscar conversar com os envolvidos, partindo do princípio de que você não sabe de nada, totalmente curioso(a) e aberto(a) a descobrir.

Algo importante: conversar com os envolvidos é bem diferente de criar uma “acareação”, ok? Não recomendo colocar as duas pessoas numa sala e dizer “Ok, o que está acontecendo entre vocês?”. E eu digo isso porque, pasmem, isso é muito mais comum do que deveria. E é errado por muito motivos, mas vou ficar apenas com a questão da falta de confiança, insegurança, sentimento de pressão e medo.

Voltando para a conversa com as partes envolvidas, individualmente. Quanto melhor você – gestor(a) do conflito – ouvi-los, melhor eles também se ouvirão. Quanto maior for a tua abertura para acolher e compreender seus pontos de vista, maiores serão as chances dos envolvidos também estarem dispostos ao acolhimento e compreensão.

Aqui estão algumas perguntas que podem te auxiliar a ter uma postura de curiosidade e abertura:

  • O que os outros não sabem sobre isso?

  • Como você acredita que vê a situação de forma diferente?

  • De que forma você se sente incompreendido?

Estas perguntas demonstram que não existe um pré-julgamento sobre suas atitudes e que você está disposto(a) a olhar para a situação pelo ponto de vista da pessoa à sua frente.

Muitas empresas não têm uma política de gestão de conflitos e nem preparam suas lideranças para atuarem de forma efetiva quando os conflitos são percebidos.

Humanos são sujeitos a conflitos e ignorar sua ocorrência é uma atitude negligente.

Como dizem Anna Helena Murat Burbridge & Richard Marc Burbridge:

“Uma coisa é certa: existem organizações que não reconhecem, ou não admitem a presença de conflitos; mas não existe uma organização sem conflitos.”