🔗 O resultado da diversidade: perspectivas

Muito se ouve falar sobre diversidade mas, por que esse é um tema tão em pauta? Antes é preciso esclarecer que diversidade não se refere a cor de pele, gênero, faixa etária ou escolaridade. Quando falamos de diversidade estamos tratando sobre perspectivas e sobre estarmos abertos à possibilidade de que as outras pessoas possam ter experiências de vida diferentes das nossas – agora, sim, por causa da sua idade, cor de pele, condição social, cultura, etc.). Essas diferentes experiências é o que traz mais perspectivas para as discussões. Então, quando nas empresas o discurso trata de ampliar a diversidade entre as pessoas, o que se obtém como resultado é um número maior de perspectivas – e isso é muito rico para o ambiente de trabalho, para os resultados pessoais e profissionais e, claro, para os resultados organizacionais.

Mais perspectivas significa mais experiências pessoais e profissionais, mais formas de enxergar uma situação e de resolver um problema, diferentes vieses para se abordar um tema e uma quantidade imensurável de conhecimento a ser compartilhado. Um ambiente diverso cria os mais altos níveis de inovação, criatividade e colaboração por meio justamente das diferenças, e não apesar delas.

No entanto, para alguns líderes, a diversidade numérica é vista como a mais importante – e às vezes a única – coisa necessária para criar um grupo  variado. Mas, ao focar no número de funcionários, esses líderes estão cometendo o erro de acreditar que diversidade e inclusão são a mesma coisa. Diversidade, neste caso, significa ter perspectivas diferentes na equipe. Já, a inclusão, significa ouvir e dar poder a essas diferentes perspectivas.

E a cultura da organização e a visão de seus líderes se manifestam nos comportamentos do dia a dia. Ela está expressa na decoração dos ambientes, nos rituais e comemorações, nos símbolos como nomes dos cargos, por exemplo, e em momentos cotidianos como as reuniões.

Aqui estão 4 perguntas que podem auxiliar você, líder, a pensar em como as reuniões na sua empresa são conduzidas, e como você pode se posicionar para estimular a diversidade e inclusão na sua equipe: 

  • Quem fala nas reuniões?

  • Em que lugares as pessoas sentam? Quem se senta ao lado de quem?

  • Quem é ouvido e quem é interrompido?

  • Quem recebe crédito?

Todas essas podem parecer questões muito simples ou sem importância mas, basta um olhar mais atento para talvez identificar quem são as pessoas que sempre falam e se posicionam nas reuniões, e quem são aquelas que nunca ou quase nunca falam; quem são as pessoas que sentam na cabeceira da mesa ou mais próximas a você, líder; quem consegue falar e completar um raciocínio sem ser interrompido, e quem precisa se calar para que outros falem; quem recebe os créditos por suas ideias e sugestões e quem, por outro lado, assume o crédito pelas ideias dos outros. 

Pessoas que não se sentem respeitadas têm seus níveis de motivação e engajamento impactados negativamente. Quando nos sentimos psicologicamente inseguros ou desvalorizados, protestamos silenciosamente e muitas vezes inconscientemente – realizamos protestos invisíveis com nossos corações, nossas mãos e nossas vozes.

Antes de se preocupar em como falar sobre diversidade na sua empresa, pense em como praticá-la. Uma imagem vale mais do que mil palavras. E nada vale mais do que uma ação.